"Não somos baderneiros. Só queremos discutir a legalização da maconha. Afinal, não existiria produção cultural e acadêmica nesse País se não existisse a maconha", gritava, no microfone improvisado, Marcel Segal, de 23 anos, aluno do curso de Comunicação e Multimeios da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Ele era um dos cerca de 50 alunos que organizaram o Festival da Cultura Canábica e protestavam ontem, no fim da tarde, contra o reitor Dirceu de Mello, que suspendeu todas as atividades do câmpus Monte Alegre para evitar a realização do evento. Com os portões trancados, a manifestação ocorreu do lado de fora do câmpus, no mesmo horário em que a festa começaria, às 16 horas, mas com menos de 1% das 6.500 pessoas que haviam confirmado presença na festa. "Não vai adiantar nada isso que o reitor fez. Vamos marcar um outro festival para a próxima semana e o que ele fará? Vai fechar o câmpus toda sexta-feira?", argumentou outro estudante, que preferiu não se identificar. A decisão de fechar o câmpus desagradou não só aos organizadores e simpatizantes do festival. Com todas as atividades suspensas, palestras foram desmarcadas, os pacientes da clínica de psicologia tiveram de voltar para casa e as defesas de mestrado e doutorado foram adiadas.
domingo, 18 de setembro de 2011
Festa pró-maconha na PUC-SP acaba em ato esvaziado
22:25
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